Acordei com o espírito a vaguear, passeei ociosamente pela casa levando comigo os devaneios e a minha saudade, a tua ausência acompanhou-me sempre de perto, como único diálogo o teu silêncio. Agarrei pelo caminho, as minhas carências, os meus desejos e dirigi-me à casa de banho como uma alma ávida de prazer. Aventurei os meus olhos sonolentos pelo espelho, as minhas mãos soltaram o cabelo emaranhado enquanto o olhar, esse, passeava pelas memórias, a minha língua humedeceu os meus lábios, diluindo na boca o teu sabor recordado...parei e assim do nada, por tudo, de repente...o teu reflexo apareceu atrás de mim, num sorriso...um beijo na nuca, um sopro quente, uma delicadeza que traz consigo a embriaguez, a façanha da invisibilidade oferecendo mais do que esperança. Uma oportunidade, a de poder provar a tua pele, despertar nos teus braços, gozar no teu fervor...
Com alegria, eu acreditei. Levei-te comigo até gemer! Quando de um gesto desajeitado, querendo segurar na rigidez da tua virilidade, honra-la, aboca-la e com minha devoção incorpora-la, omitindo a minha solidão...agarro a mangueira do chuveiro e recebo um jacto de água gelada...
Portanto... BC torna-se num Eça de Queirós e faz um post LINDO! Adorei. Parabéns!
ResponderEliminarObrigada Silent, versatilidades! :)))
Eliminar"(...)levando comigo os devaneios e a minha saudade, a tua ausência acompanhou-me sempre de perto, como único diálogo o teu silêncio(...)"
ResponderEliminarMuito bonito BC, o culminar deste monólogo de prazer...
Os moços qualquer dia cortam-nos a água ;)
Ahahah água de poço Sandra, permite-nos todos os devaneios!
EliminarSenti o sopro e a saudade, o prazer e a vontade e depois a realidade que equivale a um jacto de água fria...
ResponderEliminarAdorei o texto BC:))
Beijos grandes:)
Obrigada IC, welcome back to the real world! Beijocas:)))
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