terça-feira, 28 de janeiro de 2014

"O incrédulo engana-se sobre a outra vida, o crente ilude-se muitas vezes sobre esta."



Para uma ateia como eu, confesso que há momentos na vida em que realizamos que, ser crente pode ser conveniente e apaziguador. Quando confrontados com a perda de um ente querido, imaginarmos que o único horizonte que ele possa vir a ter são as tábuas do caixão e como único lar, um jazigo de família, é soturno e aflitivo. Nada consegue reconfortar a nossa dor como essa visão de plenitude que o céu lhe poderia proporcionar. Pior que a saudade que nos assola, é sentirmos que a morte é um fim em si, que aquela pessoa que merecia tudo e muito mais, não merecia a morte, essa morte, esse castigo  supremo da vida.

2 comentários:

  1. Nem sempre os ciclos se encerram da maneira que imaginamos. A morte é o cair do pano - entrou-se, viu-se e saiu-se.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Apetece-me dizer : " mas...e depois? " ...mas nada convence.

      Eliminar